Faz algum tempo os jornais e outros meios de comunicação alertaram sobre a disseminação da Leishmaniose em algumas partes do nosso país. No bojo da maioria dessas matérias da época estavam o caráter denunciativo mas nem tanto polêmico causado pelo extermínio de cães soropositivos, ou seja, cães portadores da Leishmaniose Canina.
A verdade é que a Leishmaniose é a doença que causa mais polêmica e controvérsia principalmente entre os veterinários. Ainda mais, quando o assunto é o tratamento ou não de cães soropositivos. Há veterinários cuja conduta é exterminar sumariamente todo e qualquer cão cujo exame dê positivo. Alguns profissionais são favoráveis ao tratamento daqueles cães soropositivos que não apresentam sinais da doença, já outros, são favoráveis ao tratamento de cães que apresentem alguns sinais sem comprometimento ainda da função dos rins.
O cão é o principal hospedeiro desse parasita por causa da constituição de sua pele, mas, no ser humano, com imunidade diminuída, idosos e crianças também podem servir de reservatório deste parasita.
A Leishmaniose canina é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito infectado (fêmeas da espécie Lutzomia longipalpis - também conhecido por mosquito-palha). Trata-se de uma doença sistêmica grave, de curso lento e crônico. ( Site: Portal Nosso Mundo).
Navegando pelo maior portal de pesquisas, o Google, eu encontrei uma matéria denunciando que numa cidade do interior do estado de S.Paulo mais de 400 cães foram sacrificados erroneamente por serem soropositivos da Leishmaniose, depois de alguma forma reviram que o erro era do Laboratório. Tarde demais! Os cães já haviam sido exterminados.
Se fosse pensado e principalmente, pesquisada, alternativas de tratamento, certamente o destino de muitos cães seria outro e não a morte.
O tratamento canino não obtém, em geral, a cura, mas pode oferecer uma boa qualidade de vida e maior longevidade aos animais infectados. Esse procedimento exige dos proprietários dos cães um compromisso de cuidados especiais com os animais infectados e também com o ambiente onde vivem.
O cão, após ser contaminado por um mosquito infectado, apresenta um período de incubação (não manifesta sinais da doença) que varia de 2 meses a 6 anos aproximadamente. Os sinais mais comuns da doença são problemas de pele e pêlos tais como a dermatite, (falta de pêlo ao redor dos olhos, feridas na ponta das orelhas e na ponta do focinho), crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, apatia, febre, sangramento nasal ou oral, problemas nos olhos, pode haver aumento do abdômen por causa do aumento de órgãos (baço e fígado), problemas renais (rins, urina escura e/ou com sangue, ou mesmo um forte odor). Vale lembrar que: mais da metade dos cães portadores da Leishmaniose não apresentam sinais assim tão evidentes. Na dúvida, buscar informações na Secretaria de Saúde Pública de sua Cidade e um veterinário capacitado para bem diagnosticar se existe ou não a presença da doença.
Leishmaniose é caso de Saúde Pública, mas pouco se faz a esse respeito. Como toda a Grande São Paulo é considerada área endêmica é importante reforçar a prevenção. A eficácia na erradicação da doença não depende só dos órgãos públicos competentes, mas sobretudo, do esforço e cuidados do dono do animal de estimação.
Algumas dicas são de grande valia: Pode-se prevenir a leishmaniose através da vacina, uso de coleiras apropriadas e repelentes a base de citronela de preferência. O flebótomo , o mosquito-palha, é um inseto bem pequeno e costuma se reproduzir em locais com muita matéria orgânica em decomposição. Portanto evitar acúmulos de lixo de casa é uma maneira de contribuir para a saúde do meio ambiente e ao mesmo tempo evitar a proliferação dos mosquitos. Lembre-se lugar de lixo é no lixo. (Site: Portal Nosso Mundo).
A expansão dessa doença levou, parte das autoridades sanitárias a concordarem com o sacrifício dos animais mais estimados pelo ser humano, os cães. Dada a confirmação do exame sorológico de Leishmaniose, o sacrifício (morte) desse animal é quase certa.
Essa prática na Europa é vista como inaceitável, aqui no Brasil, tem ela, o aval da Organização Mundial de Saúde (OMS), contudo a própria entidade tende a reconhecer o valor afetivo que temos em nossos cães. Tal valor estimativo é vê-lo como mais um membro da nossa família.
Nesse caso a própria Organização Mundial da Saúde flexibiliza e recomenda a prevenção e o tratamento adequados e prescritos por veterinários e profissionais da área de zoonoses. Existem casos de cura espontânea da Leishmaniose, mas, desde seguido e assistido por um bom tratamento. Mesmo que a sorologia dê positiva, o animal que segue um bom tratamento vive por muitos anos.
A OMS reconhece que a eutanásia dos cães infectados, na maioria dos paises, se reserva mais para os casos muito graves, sendo estes: resistência dos animais aos remédios, recaídas repetidas ou em situações extremas de epidemias. Os veterinários são unânimes em reforçar que o tratamento antileishmaniótico deve ser acompanhado atentamente em suas recaídas.
Entende-se que, a opção pela eliminação de cães em larga escala diante de um diagnóstico de leishmaniose é equivocada, faz-se, normalmente, a opção pelo mais fácil. Matar é melhor que prevenir ou tratar.
Outra critica, é a observação do descaso com os cães de rua. O controle/tratamento, de vacinação e assistência a esses animais são realizados de maneira muito morosa por parte dos órgãos competentes.
Confirmada a doença e apresentado um animal em condições para o tratamento é importante o diálogo franco com o seu proprietario. O esclarecimento detalhado sobre a doença de seu animal, crônica e incurável e as medidas de tratamento bem assim como os custos devem ser relatados para que o seu dono não dê seu animal à morte sem antes refletir.
O esclarecimento faz parte do tratamento.
Agenor Junior
Professor e Educador Social.
como pode hoje em dia,com toda informação disponivel,ainda tem tanta gente igonorante(por que quer ser),a doença tem cura,é só tratar,não mandar os coitados pra sacrificar.
ResponderExcluirchega de injustiça!!!
rootz